A fé traduzida em lágrimas, gestos e sorrisos. No segundo dia da visita da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora à Arquidiocese de Olinda e Recife, os jovens de todas as idades do Vicariato Olinda mostraram a face de uma Igreja viva. Depois de passar pela Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, e pela Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em Abreu e Lima, foi a vez da cidade do Paulista acolher os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

A futura Paróquia de São Francisco de Assis, na Vila Torres Galvão ficou pequena para os fieis que não conseguiam esconder a ansiedade e a felicidade de poder ter os símbolos da JMJ, justamente no ano em que a comunidade comemora o jublieu de 50 anos. O pároco da região, padre Valdemir José da Silva, expressou sua gratidão por receber a cruz e o ícone, e ajudar a proporcionar esse momento especial à juventude. “É uma alegria indescritível acolher estes sinais de fé”, declarou.

Ter os símbolos da JMJ já é um privilégio, como descrever a oportunidade de carregá-los? O estudante Ruan Carlos Verçoza, de 19 anos, tentou, mas não conseguiu conter as lágrimas. “É uma emoção muito forte, eu senti a presença de João Paulo II. Estou realizado, já posso morrer em paz”, afirmou.

Depois de serem recebidos dentro da Igreja de São Francisco, onde aconteceram momentos de oração e louvor, os símbolos da JMJ foram conduzidos pelos fieis até o centro da cidade. A secretária Ana Elisabete Braga, 51, foi uma das que carregaram o Ícone de Nossa Senhora. Ela fez da oportunidade um momento de agradecimento. “Não tenho o que pedir, só agradecer pelo amor que Deus e Nossa Senhora têm por mim. Há um ano meu filho foi vítima de um atentado e graças a Mãe Santíssima e a Jesus ele não foi morto”, disse emocionada.

Missa

A Cruz Missionária e o Ícone de Nossa Senhora, foram recebidos na Matriz de Santa Isabel. Cerca de 3 mil pessoas participaram da missa campal, presidida pelo arcebispo, dom Fernando Saburido, e concelebrada pelo vigário episcopal, padre Sandro Corazza e demais sacerdotes do Vicariato Olinda.

Na homilia o arcebispo salientou a presença vibrante dos jovens nesse segundo dia da visita dos símbolos. Dom Fernando, afirmou que este era o momento ideal para que a juventude se convença que a Igreja precisa deles. “A cruz é a logomarca do cristão e deve nos lembrar do nosso compromisso de batizados de levar o amor ao mundo. E vocês jovens são fundamentais nesse processo, com seu jeito alegre e espontâneo”, disse.

Dom Fernando destacou ainda a necessidade de se combater o extermínio de jovens. O religioso cobrou do poder público ações mais efetivas, porém convocou a juventude cristã a enfrentar também este grave problema social. “Não tenham medo da cruz, levem-na como sinal de esperança aos que verdadeiramente vivem no sacrifício. É a esta missão que Deus os chama”, completou.

A cruz e o ícone passarão a madrugada na capela de Nossa Senhora de Fátima, em Paratibe. Lá os jovens farão uma vigília. Nesta quarta-feira, 17, os símbolos seguem para o Vicariato Cabo. Todas as dez paróquias do território serão visitadas.

Da Assessoria de Comunicação AOR