Na noite desta quarta-feira (19/08), o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, presidiu, na capela do Hospital Santo Amaro, uma missa em ação de graças pelos 162 anos de fundação de uma das maiores obras sociais da Arquidiocese: a Santa Casa de Misericórdia do Recife. Pouca gente sabe, mas a Santa Casa é um complexo de instituições que atendem os mais necessitados nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social. O Hospital Santo Amaro, na avenida Cruz Cabugá, a quem muitos chamam de Santa Casa, é uma dessas instituições. Outras são o Colégio Santa Luísa de Marillac, UPA Torrões Dulce Sampaio, UPA Ouricuri, Hospital Regional Fernando Bezerra, Centro Geriátrico Padre Venâncio, Abrigo São Francisco de Assis, Instituto de Cegos Antônio Pessôa de Queiroz, Educandário São Joaquim, Educandário Santa Tereza, Educandário Magalhães Bastos e Educandário Casa da Providência. Todas essas unidades formam a Santa Casa de Misericórdia do Recife, que atende a população de baixa renda.

“Esse é um trabalho enorme e importante não somente para a Região Metropolitana do Recife, mas para outras cidades de Pernambuco e de estados vizinhos”, disse o arcebispo no início da celebração. “Louvamos a Deus por esses serviços, nas diversas áreas, que ajudam tantas pessoas há tanto tempo”, comentou. “A Santa Casa de Misericórdia é motivo de orgulho para nossa Arquidiocese e nos alegra por oferecer atendimento de qualidade àqueles irmãos mais necessitados”, concluiu dom Fernando.

Da missa participaram poucas pessoas, por conta das exigências sanitárias durante a pandemia. Diretores, funcionários, colabores e religiosas representaram os diversos segmentos que trabalham todos os dias na Instituição.

O bispo auxiliar da Arquidiocese, dom Limacêdo Antonio, fez a homilia e revelou números impressionantes: são quase seis mil atendimentos hospitalares por mês, todos pelo SUS. O Hospital também cedeu os leitos de UTI e uma das enfermarias ao Governo do Estado para tratar os doentes de Covid-19. Um reforço importante na luta contra a pandemia, mas que deixou marcas na história da Santa Casa: quatro funcionários foram infectados pelo vírus ao exercerem seu trabalho e morreram.

O superintendente geral da Santa Casa, professor Amaro Lins, emocionou-se ao comentar o fato. “Infelizmente, isso faz parte de nossa entrega e dedicação”, disse. Com voz embargada, Amaro agradeceu não somente a disponibilidade dos funcionários, mas o sorriso com que trabalham todos os dias, “que é o diferencial humano e cristão do serviço que oferecemos”.
Ao final da celebração, um vídeo comemorativo mostrou o bem que a Santa Casa do Recife faz. Bispos, padres e demais presentes assistiram com atenção ao vídeo, que mostrou em detalhes os serviços oferecidos nas unidades de saúde, educação e assistência social da Santa Casa de Misericórdia do Recife. Nas palavras do superintendente, a Santa Casa quer ser “a mão misericordiosa de Deus sobre seu povo”.
Pascom AOR



