As barrigas imensas mostram que a hora está chegando: em breve, Mardélia e Daiselys, venezuelanas indígenas da etnia Warao, serão mães mais uma vez. Em comum, além da gestação, as duas têm a dificuldade financeira para providenciar o enxoval dos bebês. Tão jovens, são mães de outros filhos. Migraram para o Brasil em busca de segurança e dignidade, e foram acolhidas pela Cáritas Arquidiocesana através do Projeto Emergencial de Ajuda Humanitária à População Indígena Warao, em Pernambuco. O projeto, no entanto, não dispõe de recursos para montar enxoval de bebê.
Ao todo, 13 famílias Warao que estavam em condições precárias, enquadradas no perfil de vulnerabilidade social, são acolhidas pela Cáritas Arquidiocesana em oito casas e atendidas por meio de um conjunto de ações que incluem assistência alimentar, moradia digna e fornecimento de gás de cozinha. “Nós precisamos de ajuda para as roupinhas de bebê, fraldas, banheira, tudo, porque a menina já tá perto de nascer e ainda não tem nada”, disse Mardélia. Aos oito meses de gestação, Mardélia tem outros seis filhos. Sua filha será a sétima criança da família.
Daiselys também está no oitavo mês de gestação. Chegou ao Brasil há três anos e, diferente de Mardélia, dará à luz um menino – que será seu quarto filho. “A Cáritas Arquidiocesana dá ajuda pra nós, mas estou grávida de 8 meses e não tenho ainda enxoval”, comentou. “Se puderem ajudar vou ficar muito agradecida”.
As mulheres Warao, em sua simplicidade, expõem suas necessidades na expectativa de darem o mínimo de conforto aos filhos que estão para chegar. Nenhuma delas teve condições de preparar um enxoval, por isso tudo será bem-vindo: desde roupinhas, toalhas, mamadeiras e fraldas, até itens como banheira, balde, bolsa, material de higiene para os bebês.
As doações podem ser entregues na Cáritas Arquidiocesana de Olinda e Recife, localizada na Arquidiocese de Olinda e Recife, na Av. Rui Barbosa, 409, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h.
Pascom AOR
