Em 20 de agosto de 2000, dom Fernando Saburido foi sagrado bispo. O ordenante foi dom José Cardoso Sobrinho, no Ginásio Geraldão, no Recife. Era o domingo da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Por isso, os 20 anos de ordenação episcopal foram lembrados na solenidade da Assunção, no último domingo (16/08), na igreja catedral, em Olinda, e também nesta quinta-feira (20/08).

Logo pela manhã da quinta-feira, dom Fernando Saburido recebeu a visita do clero jovem da Arquidiocese de Olinda e Recife. Os padres, todos ordenados pelas preces e imposição de mãos de dom Fernando, expressaram agradecimento e solidariedade nesse momento em que o arcebispo é confrontado por parte da população por defender a vida e os direitos fundamentais da lei natural.

À noite, uma celebração eucarística na Paróquia Nossa Senhora das Graças reuniu o conselho presbiteral da Arquidiocese e a família do arcebispo. Com as restrições da pandemia, não foi possível convidar todo o clero e o povo de Deus.

“Aceitei o episcopado em 2000 convencido pela insistência de dom José Cardoso, para ser seu bispo auxiliar. Depois enfrentei o desafio de ir como titular para Sobral, no Ceará, e em seguida de voltar para Olinda e Recife, que apesar de ser minha terra, representava uma missão maior pelo tamanho da Arquidiocese. Mas tudo foi graça de Deus e eu sou muito feliz em meu ministério”, partilhou dom Fernando em sua homilia.

Ao comentar os últimos episódios com o aborto realizado no início da semana, no Recife, dom Fernando disse estar em paz com sua consciência. “Fiz o que devia fazer como bispo: manifestar meu posicionamento enquanto Igreja que sou. E sei que estou no caminho certo, sempre carregando a cruz: ora por ser signatário de uma carta que apela atenção do Governo Federal para os mais pobres e excluídos, ora defendendo o direito de um feto se desenvolver e nascer. De modo que não estou do lado de conservadores ou progressistas, mas exerço meu ministério em Deus. O convite é para anunciar o Reino de Deus e fazer que ele aconteça, um reino de amor e de justiça. É preciso estar disposto a assumir o Evangelho até as últimas consequências”, disse o arcebispo.

As palavras de agradecimento do padre Luciano Brito, vigário geral da Arquidiocese, foram aplaudidas. Revelaram a gratidão do clero pelo pastoreio de dom Fernando e o apoio no enfrentamento das dificuldades. “Louvamos a Deus por aprender, a cada dia e sempre mais, com o senhor, dom Fernando”, disse o vigário, “e desejo, em nome do clero arquidiocesano, que o senhor continue conduzindo seu rebanho com simplicidade e sabedoria, para a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Pascom AOR