Dom Odilo Pedro Scherer, Cardeal Arcebispo de São Paulo, presidiu a celebração da Eucaristia para uma multidão de fiéis e para os mais de 300 bispos que participam da 50a. Assembleia Geral da CNBB que estavam presentes no Santuário Nacional de Aparecida (SP). A cidade recebeu neste domingo, 22 de abril, cerca de 100 mil pessoas, segundo estimativa da Assessoria de Imprensa do Santuário.

A celebração marcou o início das homenagens pelo jubileu de 50 anos do início dos trabalhos do Concílio Vaticano II e a conclusão do retiro feito pelos bispos com a pregação de dom Paulo Mascarenhas Roxo, bispo emérito de Mogi das Cruzes (SP). O tema do retiro, em sintonia com com o assunto principal da assembleia geral, foi : “A Palavra de Deus na vida do bispo”. Iniciado no começo da tarde de ontem, sábado, 21 de abril, o retiro foi realizado nas dependências do Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida, próximo ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida.

Logo após a saudação na missa, tomou a palavra dom José Mauro Ramalho, bispo emérito de Iguatu (CE). Ele é um dos oito bispos que participaram das sessões do Concílio e continuam presentes na vida da Igreja no Brasil. Em seu depoimento, dom Ramalho disse que foi nomeado bispo muito jovem, aos 36 anos de idade, e que o Vaticano II o “ensinou a ser bispo”. Na verdade, ele tomou posse de sua diocese dez meses antes do início dos trabalhos em Roma, em janeiro de 1962.

Na homilia, Dom Odilo, depois de se referir à liturgia da Palavra deste domingo que apresenta uma das aparições do Ressuscitado, lembrou que haverá uma série de atos para celebrar a memória dos 50 anos da realização daquele que foi um dos mais importantes fatos da história da Igreja nos últimos séculos. O Cardeal sublinhou que este tempo de comemorações é um tempo, antes de tudo, de ação de graças a Deus pelo bem representado pelo Concílio. É também tempo de rememorar, retomar os seus textos, seus documentos e suas intenções para com a Igreja.

Para dom Odilo, este tempo comemorativo é propício para que os mais jovens, aqueles que não tinham nascido na época da realização do Vaticano II, possam “viver” o Concílio. É tempo também de avaliar os reflexos que aquele encontro produziu na liturgia, no ecumenismo, no diálogo com a cultura, na defesa da pessoa e dos seus direitos inalienáveis. Esta comemoração, concluiu Arcebispo de São Paulo, é oportuna para esse tempo “difícil, mas também promissor para a Igreja”

Fonte: CNBB