por Renata Vasconcelos

Faltam apenas dois anos para completar quatro séculos da festa do padroeiro da cidade de Vitória de Santo Antão na zona da mata pernambucana. O dia de encerramento, nesta terça-feira, contou com missa solene presidida pelo Arcebispo de Olinda e Recife Dom Fernando Saburido e concelebrada por Padre diocesanos. Durante a homilia,Dom Fernando lembrou a história de vida austera de Santo Antão e tudo o que ele tem a ensinar  ao povo de Deus : “Santo Antão passou uma mensagem de profetismo com sua vida,uma vida dedesapego, ele sempre procurava ajudar aos irmãos. Especialmente neste tempo de sinodalidade, que somos convidados a refletir que na Igreja não há espaço para o individualismo.”

Vitória de Santo Antão é a única cidade das Américas que tem Santo Antão como padroeiro, quem escolheu o santo foi o navegador português Diogo de Braga, em 1926 que veio da Ilha de Braga, que já tinha Santo Antão como padroeiro.

Para homenagear o padroeiro em comum, o embaixador de Cabo Verde,na África, onde se localiza a Ilha de Braga, José Máximo, esteve pela primeira vez na festa : “ Eu me sinto em casa duas vezes,lá somos devotos de Santo Antão e aqui também, e ainda mais com a hospitalidade do povo e do prefeito”,disse o embaixador.

A Missa solene contou também com a presença do prefeito da cidade, Paulo Roberto Arruda, que enxerga nesta aproximação dos dois continentes um resgate da história da cidade e da religiosidade : “ É muito importante resgatarmos essa história entre Vitória de Santo Antão e Cabo Verde, faz parte de nossa história e de nossa fé”.

Para o  Vigário Episcopal de Vitória,Monsenhor Jocivaldo Bezerra a vida de Santo Antão é um exemplo para todos nós : “Santo Antão foi um santo que deu um testemunho de vida para todos nós, e um exemplo que devemos seguir”

A programação seguiu na  parte da tarde com Missa festiva presidida pelo Bispo da Diocese de Caruaru Dom José Ruy. Em seguida, procissão pelas ruas da cidade e à noite o show com o Padre João Carlos encerraram a festa que uniu dois continentes, foi tema de música ( Vitória de Santo Antão – Luiz Gonzaga 1968) e atravessou quatro  séculos.