A Mãe de Juçaral é o título do livro sobre Colette Catta, enfermeira e missionária francesa que deu a vida pelas crianças pobres de Juçaral, distrito que fica no município de Cabo de Santo Agostinho. O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, nasceu lá. Neste sábado, dia 25 de fevereiro, ele presidiu missa em ação de graças pela obra social de Colette e pelo lançamento do livro. No Santuário de Nossa Senhora Aparecida, estavam os filhos adotivos da missionária, Damião e Tony, além de amigos, autoridades e do autor, José Ambrósio dos Santos.
Dom Fernando, que tão bem conheceu Colette, assina o prefácio do livro, ao qual deu o título “Uma mulher movida pelo amor”. Feliz pelo momento, o arcebispo usou parte de seu tempo na homilia da missa para falar sobre o trabalho desenvolvido por Colette e que ajudou tantas mães – muitas cortadoras de cana – a cuidarem de seus filhos na difícil realidade da área rural do Cabo. “De fato, é uma história admirável, e reconheço o privilégio de ter conhecido Colette e seu trabalho”, afirmou o arcebispo. “Desde que chegou ao Cabo de Santo Agostinho, que está no território de nossa Arquidiocese, Colette se doou, verdadeiramente, aos pobres dessa região, deixando um rastro de amor que é lembrado até hoje e que se constitui num exemplo de solidariedade e de vivência do Evangelho”.
Colette chegou a Juçaral na década de 70 e proporcionou educação, saúde e evangelização para famílias carentes, o que fez dela uma colaboradora essencial para a Comunidade Obra de Maria, responsável pela única paróquia da região: a de São José. A creche criada por Colette continua funcionando. O nome da missionária foi dado, depois de sua morte, a uma escola pública local.

Este é o terceiro livro escrito pelo jornalista José Ambrósio dos Santos. Apaixonado por histórias, Ambrósio viu na vida de Colette um exemplo a ser deixado pra muita gente: o doar-se pelo outro, sem medida. “Decidi escrever esse livro no dia 5 de novembro de 2016, durante a missa de despedida que precedeu o sepultamento de Colette Catta, aqui em Juçaral”, explicou. “Dom Fernando Saburido presidiu a missa e, naquela ocasião, referiu-se a Colette como ‘mãe de Juçaral’ e deu, involuntariamente, portanto, o título ao livro que ainda nem existia, mas que era preciso ser feito, para que a ação transformadora e inspiradora de Colette não fficasse na memória apenas dos que a conheceram, mas que fosse perpetuada para as gerações por meio de um registro literário fiel e cuidadoso”.
Numa sala ao lado do santuário, o autor recebeu os convidados e admiradores de Colette, autografando alguns exemplares do livro, que traz o selo da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e pode ser adquirido pelo valor de R$ 50 pelo WhatsApp (81) 99372-6425.
Colette Catta morreu em 2016, aos 95 anos, e seus restos mortais estão em Juçaral, ao lado da capelinha de pedra que tanto frequentou.
Pascom AOR










