Na noite desta quinta-feira (24/12), fiéis da Arquidiocese de Olinda e Recife foram ao Santuário Nossa Senhora de Fátima, no bairro da Soledade, no Recife, para participar da missa da Vigília de Natal. Os lugares começaram a ser ocupados logo cedo, por volta das sete da noite, por pessoas de paróquias distintas – todas com máscaras, depois de terem higienizado as mãos com álcool em gel e aferido temperatura corporal na entrada da igreja. Os assentos foram suficientes, apesar da redução de quantidade de pessoas permitidas no santuário. “O espaço dentro da igreja foi suficiente, seguro e confortável, mas ainda algumas poucas pessoas preferiram acompanhar a missa pelo telão, do lado de fora, mais reservadamente e ao ar livre”, disse o reitor do santuário, o padre jesuíta Antônio Mota. A missa também pode ser acompanhada pelo YouTube da Arquidiocese ou pela Rádio Olinda, que fizeram transmissão ao vivo.

Antes da missa, o coral feminino dos Arautos do Evangelho interpretou canções natalinas da tradição europeia: músicas de compositores espanhois, franceses, alemães e italianos que estão presentes nas comemorações mundo afora. Para a maestrina dos Arautos, Ir. Rita de Cássia Defanti, as músicas ajudam a trazer o espírito do verdadeiro Natal. “Elas nos lembram aquela noite de 2020 anos atrás quando o Menino Jesus nasceu, num clima de ternura e paz, apesar do sofrimento e das privações pela qual sua família passou naquela noite”, comentou Ir. Rita. “Deus quis ser homem como nós, padecer o que os homens padecem, mostrando que pela simplicidade ele veio nos trazer, sobretudo, a salvação, por isso a música está presente nas celebrações, porque é própria da alegria, da bênção”, completou.


O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, presidiu a missa, que foi concelebrada pelo reitor do santuário, padre Mota, e pelo professor de Filosofia da Unicap, padre Delmar, com assistência no presbitério dos diáconos Antâo Marcelo e Antônio Sebastião, e apoio de seminaristas da Arquidiocese.


Na homilia, dom Fernando lembrou que, apesar de todo sofrimento imposto à humanidade pela pandemia que se apresenta, nada justificaria não celebrar o Natal. “Natal é um sinal de esperança”, disse o arcebispo. “Qual o casal que não se alegra e se reanima com a expectativa e o nascimento de seu filhinho? A palavra Belém em hebraico (Betlehem) significa ‘a casa do pão’ e Jesus nasce em Belém, é colocado numa ‘manjedoura’, que é o lugar onde se coloca a comida para os animais, e mais tarde o Menino já homem, na última ceia, se doa como alimento no vinho e pão consagrados para a salvação da humanidade. É o Menino que hoje adoramos que nos dá a bonita história da salvação, nos alimentando de amor e esperança”, explica dom Fernando.

A catequista Nalva Dias, que trabalha no Movimento Pró-Criança, foi com a família para a missa. “Gosto de acompanhar o bispo, de participar dos eventos promovidos pela Arquidiocese, gosto de ser igreja e estar com o clero e o povo nas grandes celebrações”, comentou. “Isso me faz feliz, me aproxima dessa Igreja que eu amo, me deixa perto de Deus que é tudo pra mim”.

A missa da Vigília de Natal é celebrada, tradicionalmente, na área externa do Quartel do Derby. A decisão de trazê-la para o Santuário Nossa Senhora de Fátima, este ano, deveu-se aos cuidados para evitar aglomeração, desaconselhável neste tempo de pandemia. Na igreja, segundo os organizadores, seria mais tranquilo e eficaz controlar o acesso das pessoas, quantidade, distanciamento e uso de álcool em gel. Também em 2018 a missa foi celebrada no Santuário, por conta de previsão de chuva no Recife na véspera de Natal.

Pascom AOR