Em cerimônia realizada nesta segunda-feira (14) no auditório da Escola de Magistratura de Pernambuco (Esmape), no bairro de Joana Bezerra, no Recife, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) agraciou o arcebispo de Olinda e Recife, dom Paulo Jackson, com medalha e diploma do mérito judiciário Desembargador Joaquim Nunes Machado. A entrega é conferida em agradecimento aos que prestam relevantes serviços à causa da Justiça ou pelos seus méritos excepcionais no campo do Judiciário.

Com a presença de membros do Poder Judiciário e instituições parceiras, o presidente do TJPE, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo, abriu oficialmente a solenidade, destacando a importância da história do Tribunal, das comemorações pelos 201 anos da Instituição e de conquistas como a participação igualitária das mulheres nos espaços de poder e decisão. Ao meu lado direito (na mesa de honra), está uma governadora e não um governador. Ao meu lado esquerdo está uma deputada estadual representando a Assembleia Legislativa de Pernambuco. Isso era inimaginável vinte anos atrás”, afirmou.

Para o arcebispo de Olinda e Recife, medalha e diploma não são nominais a sua pessoa, mas querem reconhecer o desempenho da Igreja na busca de justiça social. “A justiça e o Direito para nós cristãos, especialmente a partir da bíblia, da palavra de Deus, sempre caminham juntos. Seja a justiça mais compreendida no âmbito forense, seja a justiça compreendida como cumprimento da vontade de Deus. A justiça fundamentalmente é para que haja vida, para que haja comunhão e equilíbrio. Sinto-me ao mesmo tempo muito honrado, muito agradecido e muito feliz”, declarou.

Os padres Luciano Brito e Fábio Potiguar, ambos da Paróquia das Graças, prestigiaram dom Paulo Jackson na homenagem. A medalha do mérito judiciário Desembargador Joaquim Nunes Machado foi criada pelo TJPE em 1985. É a mais alta condecoração instituída pelo Tribunal pernambucano. Na mesma cerimônia, foram agraciadas a governadora Raquel Lyra e a desembargadora federal Nise Pedroso Lins, que é presidente do Tribunal Regional do Trabalho (6ª Região).

Em seu discurso, Raquel Lyra agradeceu a homenagem, parabenizou os demais homenageados e pediu licença para se dirigir a dom Paulo Jackson, justificando sua ausência na cerimônia de posse como arcebispo de Olinda e Recife, realizada no dia anterior. “Era Dia dos Pais e precisei ficar com meus filhos nesse momento tão difícil para nós”, disse a governadora, referindo-se a seu marido, pai de seus filhos, que faleceu no ano passado, durante a campanha para eleição do executivo estadual, na qual saiu vitoriosa.

Pascom AOR