Integrando a programação das celebrações eucarísticas natalinas da Pastoral Carcerária nos presídios do Recife e região metropolitana, na tarde de ontem, o bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Limacedo Antonio, presidiu a Santa Missa no Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB). A presença do bispo auxiliar não ficou restrita a celebração eucarística natalina. Dom Limacedo foi convidado pela diretoria do PJALLB, senhor Sidnei Souza, para conhecer e rezar junto com os detentos em diversos espaços: na enfermaria, nos consultórios, nos pavilhões, na solitária, na biblioteca e na marcenaria e serralharia. Abordando com simplicidade os detentos, os agentes da Pastoral Carcerária e os funcionários do PJALLB, o bispo auxiliar envolveu a todos com suas palavras de sabedoria e fé.

Agentes da Pastoral Carcerária arquidiocesana desenvolvem importante trabalho humanitário e de evangelização no cárcere

 

A missa natalina aconteceu na quadra poliesportiva da unidade e contou com a participação de aproximadamente quatrocentos detentos de diversos pavilhões, de agentes carcerários, de funcionários da unidade prisional, de membros da Pastoral Carcerária e do integrantes do Terço dos Homens da Arquidiocese. A celebração eucarística foi presidida por dom Limacêdo e concelebrada pelo vigário episcopal do vicariato Jardim São Paulo monsenhor Paulo Sérgio Pereira, com assistência do diácono Arnaldo Miranda, da Pastoral Carcerária. Em sua homilia, dom Limacêdo refletiu sobre as leituras do Evangelho, indagando aos presentes se eles sabiam usar bem a força interior – espiritual e física – que cada um possui. “Nós usamos a nossa força para unir ou para desunir? Para construir ou para destruir? Deus nos ama como nós somos, mas Deus quer dar uma melhorada na gente, uma melhorada que mude o rumo de nossa vida, uma conversão, como pregava o profeta João Batista”, concluiu o bispo auxiliar.

 

 

Antes da bênção final da Missa, dom Limacêdo concedeu espaço para o ecumenismo: convidou um dos detentos, que é o Pastor da Assembleia de Deus, Isaac Bento, para dirigir à assembleia algumas palavras. O Pastor Isaac destacou que o amor de Deus transforma, regenera, purifica. “É preciso que o amor de Deus transborde em nós, para ajudarmos o nosso irmão que se encontra caído, enfraquecido”, encerrou.

 

Para estender o momento de bênçãos e orações, o bispo auxiliar e a equipe da Pastoral Carcerária visitaram após a missa a enfermaria da carceragem, o ambulatório, alguns pavilhões, a biblioteca, a marcenaria, a serralharia e até a solitária do presídio, onde encontram-se confinados os detentos que representam maior periculosidade. A exemplo do que pede o papa Francisco, dom Limacêdo levou ao presídio PJALLB a “Igreja em saída”, visitando as periferias existenciais e semeando o amor, o perdão e o Evangelho. Com simpatia e simplicidade, dom Limacêdo falou aos detentos em tratamento na enfermaria, que dom Helder Camara sempre dizia que visitar um enfermo equivale a marcar uma audiência com Deus.

 

(Pascom AOR)