O dia 13 de junho foi vivido intensamente na Arquidiocese de Olinda e Recife. Ainda com as igrejas fechadas, ocorreram muitas celebrações em honra de Santo Antônio nas paróquias de toda a Região Metropolitana. O santo português é padroeiro do Recife, de Pernambuco e da Arquidiocese, e abre o ciclo de festejos juninos tão característico no Nordeste do Brasil. Mesmo nas paróquias que não levam o nome do santo, as missas foram celebradas, solenemente, em honra de Santo Antônio, um dos santos mais populares do Brasil e do mundo.

Na igreja matriz do Santíssimo Sacramento, conhecida como matriz de Santo Antônio por estar localizada no bairro de mesmo nome, a missa foi presidida, às 9 horas, pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, tendo sido concelebrada pelo vigário geral da Arquidiocese, monsenhor Luciano Brito, e pelo pároco dom Marcelo Costa.

Igreja decorada, música belíssima, fotos dos paroquianos nos bancos. A celebração foi acompanhada de perto apenas pelas equipes de liturgia e de comunicação, como tem acontecido durante a pandemia. A missa foi transmitida pelas redes sociais da paróquia, da Arquidiocese e pela Rádio Olinda FM.

Ainda sentindo a distância dos fiéis, dom Fernando lembrou que é preciso de fato viver a fé, sem desanimar, sabendo que Deus está protegendo a cada um de seus filhos. “Que nesse dia de Santo Antônio, toda nossa Arquidiocese possa crescer com esse exemplo de santidade, que é uma vocação de todos nós, nossa missão”, afirmou. “Ser santo não é somente fazer coisas extraordinárias, apesar de que santo Antônio fez muitas ainda mesmo em vida, mas ser santo é procurar viver plenamente o Evangelho, colocando em prática os ensinamentos da Palavra de Deus, especialmente na caridade”, disse o arcebispo.

Na homilia, dom Fernando lembrou ainda a força do oração. “Vamos pedir que nosso padroeiro interceda a Deus por nós, lá do céu, dando-nos coragem para superar os vícios, as dificuldades, fraquezas e divisões que existem entre nós, fazendo-nos priorizar as virtudes que nos aproximam do Evangelho”.

Sem poder entrar na igreja para a celebração, algumas pessoas observavam a movimentação pelas grades laterais do templo. Muitas aguardavam o tradicional “pão de Santo Antônio”, distribuído entre os fiéis como forma de perpetuar a caridade do santo. “Eu quero levar um pra nunca faltar pão lá em casa”, disse a desempregada Auricléa Souza, que recebeu três pães das mãos do pároco, após a missa, com um sentimento que mescla fé e cultura popular, como a fama de que Santo Antônio é o santo casamenteiro.

A Paróquia do Santíssimo Sacramento, do bairro de Santo Antônio, no Recife, exercita a caridade diariamente: distribui 350 quentinhas todas as noites com a população pobre da região.

Pascom AOR