Foi aprovada, por unanimidade, a atualização do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, o Documento 99 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Reunido a partir desta quarta-feira, 23, até amanhã, 24, o Conselho Permanente da CNBB decidiu positivamente em relação ao processo realizado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação e o Grupo de Reflexão em Comunicação (Grecom).

O bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão para a Comunicação da CNBB, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, ressaltou que o material aprovado não é um novo diretório, mas o mesmo documento aprovado em 2014 com as atualizações necessárias. São quatro as principais: incluir o magistério do Papa Francisco sobre comunicação; abordar novos elementos sobre a dinâmica de comunicação na atualidade, especialmente no que tange à comunicação digital; situar melhor a comunicação como uma realidade estratégica no processo de evangelização, e não apenas como ferramenta; e ajustar e harmonizar a linguagem, evitando contradições entre termos, parágrafos e assim por diante.

O doutor em Comunicação e atual coordenador do Grecom, Moisés Sbardelotto, contextualizou o trabalho feito pelo Grecom, no “esforço de qualificar e atualizar o Diretório”, considerando que a comunicação é um processo muito rápido e dinâmico. Além do magistério do Papa Francisco, Sbardelotto apontou como contribuições as reflexões sobre fenômenos atuais, como o período da pandemia, os aspectos negativos do ambiente digital, a desinformação, problemáticas novas que surgiram na última década e a necessidade de o diretório apontar luzes também do ponto de vista pastoral.

Moisés Sbardelotto, doutor em Comunicação e membro do Grecom

Colocado em votação, após ser encaminhado com antecedência aos bispos para contribuições e indicações de mudanças, o texto foi aprovado sem ressalvas, nem votos contrários. Dom Walmor destacou que o trabalho da Comissão e da Assessoria de Comunicação da CNBB tem aberto “um novo caminho” no contexto da comunicação estratégica.

Fonte: CNBB