Agosto, primeiro mês temático do ano litúrgico, é dedicado às vocações. Não apenas das vocações sacerdotais e religiosas, mas, as vocações em geral. Desde nosso batismo somos vocacionados à santidade que caracteriza a vocação comum de todos nós, independentemente do caminho escolhido. É buscando configurar-nos à pessoa de Jesus Cristo, apesar de nossas fraquezas e limitações, que vamos trilhando o caminho da retidão até a plenitude do encontro definitivo com o Pai.

Neste ano 2012 o tema proposto pela Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada, para o mês vocacional é: “Chamados (as) à vida plena em Cristo” e o lema “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5). É na medida em que avançamos no discipulado de Jesus Cristo, observando seus ensinamentos, assim como os da Igreja, que vamos avançando para águas mais profundas (Lc 5,4) e ‘fazendo novas todas as coisas’. Aparecida (41) nos ensina que “os cristãos precisam recomeçar a partir de Cristo, a partir da contemplação de quem nos revelou em seu ministério a plenitude do cumprimento da vocação humana e de seu sentido”.

Ao longo do mês de Agosto, em cada semana, teremos oportunidade de refletir sobre uma determinada vocação: Na primeira semana, ministérios ordenados, inclusive, celebrando no primeiro domingo o Dia do Padre, motivados pelo dia 4 de agosto, quando a Igreja faz memória a São João Maria Vianney (patrono dos párocos); No segundo domingo, vocação da vida em família e também o Dia dos Pais; No terceiro domingo, vocação à vida consagrada; Finalmente, no quarto domingo, a vocação dos ministros não ordenados, ou seja, todos os cristãos leigos/as.

Na segunda semana, período de 12 a 18 de agosto, celebramos também a Semana Nacional da Família, com o tema: “A Família, o trabalho e a festa”, do VII Encontro Mundial das Famílias que se realizou recentemente em Milão (Itália) e tomou como inspiração algumas catequeses elaboradas pelo Pontifício Conselho para a Família. Conforme o subsídio da Pastoral Familiar: ‘Hora da Família’, “família, trabalho e festa são trinômio que começa com a família, que através do trabalho e da festa ocupa o ‘espaço’ social e vive o ‘tempo’ humano. O tema coloca em evidência o casal homem – mulher junto ao seu estado de vida: o modo de viver os relacionamentos (a família), de habitar o mundo (o trabalho) e de humanizar o tempo (a festa). O objetivo do tema é pensar a família como patrimônio da humanidade sugerindo, assim, que a família é patrimônio de todos, e que ao mesmo tempo contribui universalmente para a humanização da existência no planeta”.

Os oito encontros propostos pela Hora da Família poderão ser utilizados na própria Semana da Família ou em outra ocasião qualquer. São recomendáveis, por exemplo, como temas para o novenário da festa do padroeiro/a, ocasião em que acorre maior número de pessoas às celebrações.

Que o mês vocacional nos ajude a acolher e por em prática os ‘dons’ recebidos para o serviço e engrandecimento da comunidade. Lembremo-nos, especialmente, que a Igreja necessita de missionários e profetas, anunciadores e praticantes da palavra libertadora do evangelho.

Dom Antônio Fernando Saburido
Arcebispo de Olinda e Recife