Neste domingo (16/08), flores foram colocadas diante da porta do cemitério de Casa Amarela, no Recife. Os números dos mortos por Covid-19 em Pernambuco, no Brasil e no mundo estavam expostos em cruzes. A comoção pela experiência da pandemia impulsionou fiéis de toda a Arquidiocese de Olinda e Recife a participar da “Celebração pela Vida”.
O arcebispo, dom Fernando Saburido, presidiu a Celebração, lembrando as vítimas fatais da pandemia e os que estão doentes em casa ou nos hospitais. A missa, organizada pela paróquia Santa Isabel, de Casa Amarela, teve também como intenção agradecer o trabalho dos profissionais de saúde que estão, bravamente, cuidando dos doentes.
No presbitério estavam, além do arcebispo, o bispo auxiliar da Arquidiocese, dom Limacêdo Antonio; o pároco de Santa Isabel, padre Marcelo Silva; o reitor do Santuário do Morro da Conceição, padre Luís Vieira; e outros padres da Arquidiocese. Alguns fiéis carregavam cartazes agradecendo a dedicação dos profissionais de saúde no enfrentamento à pandemia nos postos de saúde, enfermarias e UTIs da Região Metropolitana do Recife.
O pároco de Santa Isabel contou à comunidade presente que teve Covid, chegou a ir para a UTI e sabe bem como a doença é cruel. “Sofri a doença, mas não me faltou o olhar de Deus”, disse o padre Marcelo. “A ideia inicial era rezar uma missa em agradecimento por minha cura, mas quis estender essa graça a todos que se recuperaram e aos profissionais que doaram seu tempo e trabalho para salvar vidas”, continuou, sem esquecer de, hoje, rezarmos pelos que não suportaram a Covid e morreram, longe de seus familiares”, comentou, emocionado.
Alguns profissionais participaram da missa, representando os muitos que trabalharam – e trabalham – durante a pandemia, como enfermeiros, médicos, agentes do Samu e bombeiros. Para a secretária executiva de Vigilância à Saude, Cristiane Penaforte, que participou da celebração, o reconhecimento pela dedicação ao trabalho é importante, “mas o cuidado de cada um e cada uma com a higienização e o distanciamento também são importantes e necessários, fundamentais para superarmos a pandemia”.
Pascom AOR
