Na tarde de ontem, 26/06/18, foi assinado pelo arcerbispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, o contrato de restauro referente à parte emergencial do piso e do forro da igreja Nossa Senhora da Graça e da bedelagem do Seminário de Olinda. O contrato da obra de reforma inclui recursos oriundos da Lei Rouanet e habilita a Arquidiocese de Olinda e Recife a captar doações com a iniciativa pública e privada. Até o momento, foi arrecadado o valor de R$1,5 milhão, captados junto à Eletrobras, Ferreira Costa Home Center e Hospital Português do Recife. O valor contempla o restauro da parte emergencial do piso e forro (térreo e primeiro andar) da igreja Nossa Senhora da Graça e de parte da bedelagem do Seminário de Olinda. O Seminário Nossa Senhora da Graça encontra-se interditado desde 2015, devido à necessidade de obras de restauro. Por questão de segurança, as atividades do Seminário Maior foram transferidas para o Centro Pastoral Arquidiocesano, no bairro da Várzea. O período da reforma é estimado em um prazo de 12 meses. A igreja de Nossa Senhora da Graça é uma das dez igrejas mais antigas do Brasil e foi construída em 1551, por Duarte Coelho, no período das Capitanias Hereditárias.
O reitor do Seminário Maior, padre João Bosco Costa Lima, e boa parte dos seminaristas estavam presentes à solenidade de assinatura do contrato, com um olhar de esperança. Mostrando seu carinho pelo espaço, os seminaristas entoaram o hino do Seminário de Olinda. Também compareceram à solenidade de assinatura do contrato os patrocinadores e benfeitores da obra de restauro, senhor Guilherme Ferreira Costa e a senhora Laura Areias e a representante do Iphan/PE, Renata Borba. Representando o clero arquidiocesano, o monsenhor Luciano Brito, vigário geral da Arquidiocese , estava entre as autoridades.
Dom Fernando Saburido lembrou que a igreja Nossa Senhora da Graça e o Seminário de Olinda foram palco de importantes momentos da história de Pernambuco e do Brasil, pois desde o período do Brasil Colônia, o espaço era dedicado à devoção e formação religiosa. “A bandeira de Pernambuco foi desenhada aqui, neste Seminário”, destacou o metropolita. O Arcebispo agradeceu aos patrocinadores da obra de restauro e cedeu a palavra a cada um dos benfeitores. Com grande ternura e sensibilidade, a senhora Laura Areias, representante do Hospital Português do Recife, falou sobre a importância de instituições católicas apoiarem a Igreja Católica e preservarem a devoção e o respeito à Nossa Senhora. “Devemos ser solidários ao papa Francisco e não podemos deixar que ele faça o trabalho sozinho. Não podemos deixar que maltratem o nome de Nossa Senhora. Sempre que encontramos uma instituição católica que nos salva e nos apoia, temos que ajudar”, ensinou a representante do Hospital Português do Recife. A representante do Iphan/PE, Renata Borba, salientou que sem as parcerias, torna-se difícil preservar os imóveis históricos. A gestora do Iphan adiantou que está previsto para o mês de agosto deste ano a entrega da igreja do Bomfim, em Olinda, dentro do prazo estabelecido e dentro do orçamento previsto. “A Arquidiocese vem sendo uma grande parceira do Iphan em Pernambuco, pois sabemos que é caro e difícil preservar e restaurar imóveis históricos”, concluiu Renata.
Em seguida, o arcebispo procedeu a assinatura do contrato da obra de restauro com o representante da construtora SP Engenharia, o engenheiro Álcio Costa Pereira, e abençoou os operários que vão trabalhar na obra. Para o padre João Bosco, reitor do Seminário Maior, a expectativa é a de que após o restauro do espaço, um das turmas do Seminário possa voltar a residir no local. “O dia de hoje é como o início de um sonho muito esperado”, revelou o reitor do Seminário Maior.
A reportagem do site da Arquidiocese encontrou um seminarista visitando as instalações do antigo refeitório do Seminário Maior. Para o seminarista Arthur Barza, que cursa o 2° ano de Teologia e morou no Seminário de Olinda até 2015, quando aconteceu a interdição, rever o local traz boas recordações. “Faltam dois anos para eu concluir meus estudos…Talvez eu não volte a residir aqui. Mas sei que é importante preservar este lugar, pois o Seminário de Olinda precisa ter o valor que ele realmente representa para o país”, conta o estudante.
(Pascom AOR)
