
Na Sexta-feira Santa, fiéis de todo o mundo devem contribuir para a vida e a obra da Igreja no Oriente Médio. “Não podemos esquecer milhares de famílias, entre as quais crianças e jovens, que escapam da guerra na Síria e no Iraque.” Este é um trecho da carta com a qual o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri, convida os fiéis a participarem da Coleta para a Terra Santa. Vale destacar que a Coleta para a Terra Santa é obrigatória em todas as igrejas do mundo e foi instituída em 1974, pelo então papa Paulo VI, com a publicação da Exortação Apostólica Nobis in Animo. São Paulo VI foi o primeiro sucessor do Apóstolo Pedro a recolher-se na Terra Santa e a fazer uma peregrinação em janeiro de 1964.
Natividade e Santo Sepulcro – A tradicional iniciativa é realizada anualmente na Sexta-feira Santa, com a finalidade de angariar fundos para apoiar a obra da Igreja no Oriente Médio. Este ano, de modo especial, o cardeal Sandri indica duas Basílicas: a da Natividade, em Belém, construída sobre a gruta onde nasceu Jesus; e a Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, construída sobre o túmulo de Jesus. Ambas foram restauradas no ano passado. “Edificar a Igreja da Terra Santa, nos seus edifícios e nas suas pedras vivas, que são os fiéis cristãos, é responsabilidade de toda a Igreja Cristã particular, conscientes de que a fé cristã teve como seu primeiro centro propulsor a Igreja Mãe de Jerusalém”, lê-se na carta.
O cardeal argentino recorda que a Coleta é uma ocasião propícia para os fiéis se unirem aos irmãos da Terra Santa e do Oriente Médio. “ Infelizmente, desta zona, o grito de milhares de pessoas que se encontram privadas de tudo, até ao limite da própria dignidade de homens, continua a sentir-se, ferindo os nossos corações e convidando-nos a abraçá-los na caridade cristã. ”
O cardeal Sandri cita a pequena comunidade cristã do Oriente Médio que continua a manter a fé entre os refugiados no Iraque e na Síria, ou na Jordânia e no Líbano. “Não podemos esquecer milhares de famílias, entre as quais crianças e jovens, que escapam da guerra na Síria e no Iraque” (…) “Muitos cristãos iraquianos e sírios desejam retornar à sua própria terra onde as suas casas foram destruídas, onde escolas, hospitais e igrejas foram devastadas. Não os deixemos sós!”
Apesar dos desafios e inseguranças, lê-se ainda na carta, as paróquias continuam fazendo o seu trabalho pastoral dando atenção preferencial aos pobres. Um trabalho que envolve toda a comunidade católica da Terra Santa em escolas e hospitais: a Igreja latina da Diocese Patriarcal de Jerusalém, a Custódia Franciscana e de outras Circunscrições, a Igreja dos orientais (greco-melequita, copta, maronita, síria, caldeia, armena), as famílias religiosas e os organismos de todo o gênero.
Peregrinações
O prefeito da Congregação encoraja ainda a retomar as peregrinações à Terra Santa, pois constituem uma ajuda preciosa para a sobrevivência de milhares de famílias. “Nestes dias de preparação para a Páscoa, convido-os fraternalmente a empenhar em vencer o ódio com o amor, a tristeza com a alegria, rezando e trabalhando, para que a paz habite no coração de cada pessoa, especialmente no dos nossos irmãos da Terra Santa e do Oriente Médio.”
(Fonte: site Vaticam News/ Pascom AOR)