Moradores do Jardim Maranguape, em Paulista, participaram nesta quinta-feira (03/05) à noite de missa de desagravo à profanação do Santíssimo Sacramento que ocorreu na capela de Santa Teresinha do Menino Jesus, que faz parte da Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres dos Maranguapes. A missa foi presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, e concelebrada pelo vigário paroquial, padre Charles, e pelo vigário episcopal do Vicariato Olinda, padre Hélio Nascimento, com assistência do diácono Genival.
No início da semana (30/04), ladrões entraram na capela e reviraram os armários e o sacrário, roubando o ostensório com o Santíssimo Sacramento. Para reparar a injúria cometida contra o templo e a Eucaristia, o arcebispo reuniu o povo em procissão até a capela para participar da missa de desagravo, que purifica e abençoa o ambiente, preparando-o para as celebrações litúrgicas.
O arcebispo explica que a caminhada e as orações são um ato penitencial. “É uma maneira de pedirmos perdão a Deus pelo mal que nosso irmão cometeu – ou por falta de respeito ou por não ter consciência da dimensão do que estava fazendo”, disse o arcebispo. “Rezamos por sua conversão e lamentamos não somente as perdas materiais, mas sobretudo a violência ao sagrado, pois cremos no Jesus Eucarístico que foi profanado”, completou.
Após a bênção, o altar foi novamente adornado com toalha, velas e cruz, para o início da celebração eucarística. No ofertório, além do pão e do vinho, os fiéis depositaram no altar os instrumentos usados pelos ladrões para entrar na capela: enxada, alicate e facas.
Segundo padre Charles, não somente os fiéis da capela ficaram tristes com a violação, mas a Paróquia como um todo. Diante de tudo, a união dos fiéis prevaleceu. “Resta mantermos nossa comunhão e unidade para que a presença da alegria de Jesus Ressuscitado nos conduza e ajude em todos os momentos, bons e ruins”, disse o vigário.
A representante comercial Vânia Andrade ouviu a notícia da profanação com profunda tristeza e fez questão de participar da missa de desagravo. Simpática à regra de que “todo mal traz um bem”, Vânia afirma que ficou feliz com o espírito de união e solidariedade dos paroquianos. “Foi na tristeza que descobrimos a alegria de sermos irmãos”.
Pascom AOR