A Arquidiocese de Olinda e Recife se faz presente na 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada no Santuário de Aparecida (SP), com a participação de dom Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife e presidente do Regional NE2. Também integram a comitiva arquidiocesana na 56ª AG o monsenhor Limacêdo Antônio da Silva, recém-nomeado bispo auxiliar da arquidiocese e os eméritos dom Severino Batista de França, bispo emérito da diocese de Nazaré e dom Manoel dos Reis, bispo emérito da diocese de Petrolina. O tema central do encontro é “Diretrizes para a formação dos presbíteros na Igreja no Brasil.” A programação inclui discussões, estudos e decisões em torno desta temática e mais 44 assuntos relacionados às realidades dos regionais que compõem as dioceses brasileiras.
Durante a 56ª Assembleia Geral da CNBB, entre 11 e 20 de abril, o plenário com os 355 bispos participantes ocorre no espaço principal do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional de Aparecida (SP). Do total do episcopado reunido como CNBB, a Assembleia Geral conta com 476 pastores, sendo 308 bispos na ativa e 168 bispos eméritos. Atualmente, a Igreja Católica brasileira conta com 27.416 presbíteros, 6.154 seminaristas maiores em 595 seminários de formação presbiteral.
Para repercutir os principais temas de debatidos na 56ª Assembleia Geral da CNBB, confira a entrevista que dom Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife, concedeu ao site da Arquidiocese de Olinda e Recife, na noite desta sexta-feira, 13 de abril, direto da Assembleia Geral, em Aparecida (SP):
Pascom – O que a Assembleia Geral da CNBB representa em termos de unidade para a Igreja do Brasil?
Dom Fernando Saburido – A Assembleia Geral da CNBB está acontecendo pela 56ª vez. Representa muito para a unidade das mais de 280 Igrejas Particulares no Brasil. É uma ocasião de troca de experiências, formação e planejamento pastoral, em comunhão plena com o Sucessor de Pedro.
P – No âmbito da AOR, existe o Seminário Maior Nossa Senhora da Graça, responsável pela formação de novas vocações presbiterais. Quais os principais desafios enfrentados pela AOR na formação dos presbíteros?
DFS – A 56ª Assembleia Geral tem como tema central as “Diretrizes para a formação dos presbíteros da Igreja no Brasil”. Estamos fazendo, portanto, uma atualização do Doc 93 da CNBB, iluminados pela Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis (O dom da vocação presbiteral). Essas diretrizes servirão para todos os seminários, inclusive, o nosso Seminário de Nossa Senhora da Graça, na Várzea e para o Seminário Propedêutico de Igarassu.
P – Quais iniciativas a AOR tem desenvolvido na Formação dos Presbíteros?
DFS – Temos procurado oferecer o melhor, ambiente favorável para a oração, convivência fraterna e formação. Fazem um curso de Filosofia e Teologia em uma boa universidade, sob a orientação dos padres jesuítas e contam com uma boa equipe de sacerdotes diocesanos para conduzir os dois seminários, Propedêutico e Filosofia/Teologia.
P – Além da temática principal, a 56ª AG debate outros 44 temas. O senhor poderia destacar dentre estes, quais são os temas de interesse mais urgentes para o Regional NE2?
DFS – Todos os temas tratados na Assembleia Geral são de grande importância, não só para o Regional Nordeste 2, mas todos os outros. São dez dias de trabalho intenso, porém muito gratificante. Além do tema central, alguns que se destacam são: assuntos de Liturgia e Novas normas litúrgicas; Música litúrgica; Análise de Conjuntura eclesial; Novas comunidades; Revisão dos Estatutos da CNBB; Pensando o Brasil; ano do Laicato; Sínodo sobre a juventude e sobre a Amazônia, dentre outros.
P -Qual a principal contribuição que os bispos eméritos da AOR podem dar a esta Igreja Particular?
DFS – Em todo o Brasil já temos quase 200 bispos eméritos. São homens de grande experiência que podem ajudar muito e de várias formas, sobretudo, na orientação de retiros espirituais, uma área tão carente. Os nossos têm nos ajudado muito, não só nesse campo, mas também em celebrações, crismas e participação em pastorais.
P -Na tarde da quinta-feira, 12/04, o senhor apresentou na 56ª AG as ações que vêm sendo organizadas para a realização do XVIII Congresso Eucarístico Nacional em 2020, na Arquidiocese de Olinda e Recife. Qual a expectativa desta Igreja Particular para sediar tão grandioso evento em torno da Santa Eucaristia?
DFS – Os bispos ficaram entusiasmados com a maneira como estamos preparando o XVIII Congresso Eucarístico Nacional. Gostaram muito do tema escolhido e de perceber o interesse da arquidiocese em colaborar com a organização e realização do congresso. Com o vídeo apresentado, muitos me procuraram para confirmar a sua presença em novembro de 2020. Comprometeram-se a rezar e colaborar na medida do possível. É uma grande responsabilidade para nossa arquidiocese sediar um evento de tamanha importância, mas Deus está do nosso lado, nos ajudando e derramando bênçãos sobre nós.
(Pascom AOR/Fotos: site CNBB)