San Giovanni Rotondo – Durante alguns emocionantes minutos, o Papa Francisco venerou os restos mortais de Padre Pio de Pietrelcina no Santuário de Santa Maria das Graças, na cidade italiana de San Giovanni Rotondo, onde se encontra por ocasião d0 50º aniversário do falecimento do “santo dos estigmas”.
Depois de visitar os enfermos do hospital “Casa do Alívio do Sofrimento” e as crianças no Departamento de Oncologia Pediátrica, o Santo Padre seguiu para o Santuário, onde Padre Pio viveu desde o ano 1916 até sua morte.
Após rezar diante da urna de cristal que contém as relíquias do salto, o Pontífice saudou os membros da comunidade religiosa dos Capuchinhos e se dirigiu ao exterior do santuário, onde saudou brevemente os fiéis reunidos.
Em seguida, dirigiu-se para a igreja de São Pio de Pietrelcina para celebrar a Santa Missa.
“O Evangelho de hoje apresenta-nos Jesus que reza. Do seu coração, fluem estas palavras: ‘Eu te louvo, Pai, Senhor dos céus e da terra …’ (Mt 11,25). Para Jesus, a oração surgia espontaneamente, mas não era opcional: costumava retirar-se para lugares desertos para rezar (Mc 1,35). O diálogo com o Pai estava em primeiro lugar. E os discípulos descobriram tão naturalmente a importância da oração, até que um dia lhe perguntaram: ‘Senhor, ensine-nos a orar’ (Lc 11,1). Se quisermos imitar Jesus, também devemos começar por onde Ele começou, isto é, da oração”.
O Papa pergunta: “Como cristãos rezamos bastante”? E relata que, no dia a dia, sempre nos momentos de oração vem em mente tantas desculpas e muitas coisas urgentes para fazer. Ao recordar Padre Pio, diz que após 50 anos desde sua entrada no céu, ele nos ajuda deixando como herança a oração: “Rezem muito meus filhos, rezem sempre, sem nunca se cansar”.
O Papa nos recorda ainda que Jesus é quem nos mostra como se deve rezar. E diz que não se deve começar com súplicas ou pedidos, mas louvando a Deus. “Jesus diz: ‘eu te louvo ó Pai’; ele não diz ‘eu preciso disso ou daquilo’, mas ‘eu te louvo ó Pai’. Quantas vezes esquecemos a adoração e o louvor. Não se conhece o Pai sem abrir-se ao louvor, sem dedicar tempo somente a Ele, sem adorar. Cada um deve perguntar-se: como eu adoro? Quanto eu o adoro? Quando o adoro?”, refletiu.
O Papa nos lembra também que a oração é um contato pessoal, “face a face”, um momento de se estar em silêncio diante do Senhor, e afirma que este é o segredo para entrar sempre em comunhão com Ele. “A oração amadurece no louvor e na adoração”. E nos pergunta se as nossas orações são iguais a de Jesus ou se reduzem a chamadas de emergência.
A oração, segundo o Papa, deve ter um caráter também indispensável nas obras de misericórdia espirituais. E sublinha: “Se nós não confiamos os nossos irmãos, as situações ao Senhor, quem o fará? Quem intercederá, quem tocará e incomodará o coração de Deus para abrir a porta da misericórdia à humanidade carente? Foi por isso que Padre Pio nos deixou os grupos de oração”.
E o Papa termina com as seguintes perguntas: “Eu rezo? E quando rezo, sei louvar, sei adorar, sei conduzir a vida a Deus”?
Com informações do site ACI Digital e do Vatican News.