Desde 1995, através das pastorais sociais, a CNBB criou o “Grito dos Excluídos”. Até hoje, os assessores que articulam o Grito e preparam cada edição anual são padres e religiosos do Serviço Pastoral dos Migrantes, da Caritas Nacional e das pastorais sociais. Aqui no Recife, todos os anos, muitos irmãos e irmãs das comunidades de periferia e das pastorais sociais são o rosto da nossa arquidiocese nesse evento. Seria importante a participação do clero e das pastorais sociais, como sinal de que respondemos positivamente ao apelo do Papa Francisco ao dialogar com os movimentos sociais e propor uma Igreja em saída.

Como sempre esse 25º Grito dos Excluídos acontecerá na data da comemoração da independência do Brasil. Ele se inspira em palavras do papa aos movimentos sociais e tem como tema “A vida em primeiro lugar. Esse sistema não vale. Lutamos por Justiça, Direito e Liberdade”.

O Grito dos Excluídos sempre começa com uma concentração que neste ano se realizará a partir das 08 horas da manhã do dia 07 de setembro, na Praça do Derby. De lá, sairá uma caminhada que deverá retornar ao ponto de partida.

Desta vez, a coordenação nacional propõe que se possa:

1º – resgatar o projeto que deu origem e sentido ao Grito dos Excluídos.

2º – apontar caminhos a seguir nesse momento atual, tão difícil para o nosso país.

O projeto que deu origem e sentido ao Grito foi que a Igreja possa viver sua catolicidade (universalidade) como Igreja de todos, mas a partir de baixo: dos mais pequenos e da intuição bíblica de que a adoração a Deus só é aceita se for baseada na prática da justiça e do direito. Os caminhos a seguir não compete a nós definirmos já que o Grito é dos Excluídos e nós o apoiamos. Assim, testemunhamos que Deus é Amor e está sempre do lado dos pequenos. Nós todos, pastores e fiéis estamos com o Deus que é “Deus conosco” e como propõe o papa Francisco como “Igreja em saída”.