Foram assassinados no ano passado 23 agentes de pastoral, com destaque para o continente americano, com 15 mortes. O número é inferior ao de 2009, 37 mortes, que tinha sido o mais elevado na última década, mas ultrapassa o registro de 2008, 20 assassinatos.

Na lista

Divulgada pela agência de notícias Fides, encontram-se um bispo, 15 sacerdotes, um religioso, uma religiosa, dois seminaristas e três leigos.

“Essa é apenas a ponta do iceberg de uma situação crítica, que atinge cada vez mais a comunidade cristã no mundo”, refere a agência da Congregação para a Evangelização dos Povos.

O caso mais midiático foi o assassinato do presidente da Conferência Episcopal da Turquia, o bispo italiano Luigi Padovese, que aconteceu em 3 de junho.

No Iraque, dois sacerdotes perderam a vida no ataque terrorista contra a Catedral sírio-católica de Bagdá, em 31 de outubro, que deixou mais de 50 mortos.

As seis mortes na Ásia são ultrapassadas pelas 15 que aconteceram na América, cinco das quais no Brasil. O elenco dessas mortes refere-se não só aos missionários ad gentes, mas a todo o pessoal eclesiástico que faleceu de forma violenta ou que sacrificou a sua vida consciente do risco que corria.

A Fides explica que, entre os membros desta lista “provisória”, vários “foram vítimas da própria violência que estavam combatendo ou da disponibilidade para ir ao encontro dos outros, colocando em segundo plano a sua segurança pessoal”. Muitos foram assassinados em tentativas de assalto ou sequestro.

Os números da Agência Fides mostram que, desde 1980, morreram quase mil missionários, com destaque para as vítimas provocadas pelo genocídio do Ruanda, em 1994.

Fonte: Canção Nova